O Grupo Máscaras (Teatro Experimental de Guaranésia) trabalha o teatro e a dança, buscando sempre novas formas e estilos em seus espetáculos. O Grupo promove atividades culturais diversas, projetos para crianças e adolescentes através de Cursos Livres de teatro e dança no Espaço Máscaras Cultural. Anualmente realiza o Festival Internacional de Teatro de Guaranésia, o FETEG. "O Teatro é o Templo onde o culto é à arte!" Fernando Romanelli
Daniel,eternamente,Daniel (Imortalidade é dádiva dos bons) (Fabião)
Tradutor
Grupo Máscaras lança o documentário "FETEG 6º Ato – Um novo dia vai raiar!"
FETEG 7° Ato - Premiação
CATEGORIA: TEATRO DE RUA
SONORIDADE
INDICAÇÕES:
- Charanga da Tramp
- Estórias de Palhaços
- A Rua, a Lama e a Santa
PREMIADO: CHARANGA DA TRAMP
VISUALIDADES CORPÓREAS
INDICAÇÕES:
- Charanga da Tramp
- Espetáculo Circense Cadê Dulcinéia?!
- Estórias de Palhaços
- A Rua, a Lama e a Santa
PREMIADO: ESPETÁCULO CIRCENSE CADÊ DULCINÉIA?!
VISUALIDADES ESPACIAIS
INDICAÇÕES:
- Charanga da Tramp
- Espetáculo Circense Cadê Dulcinéia?!
- A Rua, a Lama e a Santa
PREMIADO: A RUA, A LAMA E A SANTA
ATUAÇÃO 1 E 2
INDICAÇÕES:
- Matheus Ferreira - Charanga da Tramp
- Luan Silva - Charanga da Tramp
- Antonio Mendoza - Espetáculo Circense Cadê Dulcinéia?!
PREMIADOS: MATHEUS FERREIRA E LUAN SILVA
DIREÇÃO
INDICAÇÕES:
- Rhena de Faria – Charanga da Tramp
- Direção Coletiva Grupo Carroça Teatral - A Rua, A Lama e a Santa
PREMIADO: GRUPO CARROÇA TEATRAL
ESPETÁCULO
INDICAÇÕES:
- Charanga da Tramp
- A Rua, a Lama e a Santa
PREMIADO: CHARANGA DA TRAMP
TEATRO PARA INFÂNCIA
SONORIDADE
INDICAÇÕES:
- A Onça Sassá e o Sapo Popó
- Jalamerá
- A Árvore e a Aranha
PREMIADO: A ONÇA SASSÁ E O SAPO POPÓ
VISUALIDADES CORPÓREAS
INDICAÇÕES:
- Jujuba para dias de chuva
- Era uma vez... Quem quiser que conte três!
- Jalamerá
- A Menina e a Semente
PREMIADO: A MENINA E A SEMENTE
VISUALIDADES ESPACIAIS
INDICAÇÕES:
- Tião Quixote
- Jalamerá
- A Menina e a Semente
PREMIADO: A MENINA E A SEMENTE
ATUAÇÃO 1 E 2
INDICAÇÕES:
- Vinícius Caetano - Jalamerá
- Jhonathan Rique - Jalamerá
- Antony Aquino - Jalamerá
- Clara Kairós - Jalamerá
- Dani Silva - A Menina e a Semente
PREMIADES: DANI SILVA E VINÍCIUS CAETANO
DIREÇÃO
INDICAÇÕES:
- Marcos Nepomuceno- Jalamerá
- Marcelo Lazzaratto - A Menina e a Semente
PREMIADO: MARCOS NEPOMUCENO
ESPETÁCULO
INDICAÇÕES:
- Jalamerá
- A Menina e a Semente
PREMIADO: JALAMERÁ
CATEGORIA: TEATRO ADULTO
SONORIDADE
INDICAÇÕES:
- Um Tal Guimarães
- O Palhaço da Vida
- O Lenhador
- Geni
PREMIADO: UM TAL GUIMARÃES
VISUALIDADES CORPÓREAS
INDICAÇÕES:
- Vênus em Fúria
- Cova Rasa
- O Lenhador
- Geni
PREMIADO: O LENHADOR
VISUALIDADES ESPACIAIS
INDICAÇÕES:
- Geni
- Camarim
- O Palhaço da Vida
PREMIADO: O PALHAÇO DA VIDA
ATUAÇÃO 1 E 2
INDICAÇÕES:
- Thiffany Carvalho - Vênus em Fúria
- Vitor Peres - Um Tal Guimarães
- Maykon Ray - Geni
- Pedro Caetano - Genaro e Dora
- Alexandre Zampieri - O Lenhador
PREMIADES: THIFFANY CARVALHO E MAYKON RAY
DIREÇÃO
INDICAÇÕES:
- Marco Antônio Coelho de Moraes - Vênus em Fúria
- Waldecyr Rosas - Cova Rasa
- Lucas Menezes - Geni
- Alexandre Zampieri - Lenhador
PREMIADO: MARCO ANTÔNIO COELHO DE MORAES
ESPETÁCULO
INDICAÇÕES:
- Vênus em Fúria
- Um Tal Guimarães
- Lenhador
- Geni
PREMIADO: VÊNUS EM FÚRIA
CATEGORIA GERAL
CARTOGRAFIA DA PRODUÇÃO ARTÍSTICA
INDICAÇÃO:
- A Rua, a Lama e a Santa
PREMIADO: A RUA, A LAMA E A SANTA
ELENCO
INDICAÇÕES:
- Cova Rasa
- A Onça Sassá e o Sapo Popó
- A Rua, a Lama e a Santa
PREMIADO: A RUA, A LAMA E A SANTA
ETNORREFERÊNCIA
INDICAÇÕES:
- A Menina e a Semente
PREMIADO: A MENINA E A SEMENTE
PESQUISA DE LINGUAGEM
INDICAÇÕES:
- Jujuba para dias de chuva
- Charanga da Tramp
- A Menina e a Semente
- O Lenhador
PREMIADO: O LENHADOR
URGÊNCIA DISCURSIVA
INDICAÇÕES:
- O Abrigo da Besta
- Glória
- Geni
- A Rua, a Lama e a Santa
PREMIADO: A RUA, A LAMA E A SANTA
DRAMATURGIA
INDICAÇÕES:
- Vênus em Fúria
- Um Tal Guimarães
- Charanga da Tramp
- Tião Quixote
- A Rua, a Lama e a Santa
- Jalamerá
- Lenhador
PREMIADOS:
- A RUA, A LAMA E A SANTA
- O LENHADOR
- JALAMERÁ
PRÊMIO REVELAÇÃO DO FESTIVAL
MAURINHO MÁSCARAS - Revelou-se nessa 7a edição do FETEG, uma necessidade pulsante de ode as artes cênicas e ao fazer teatral. Talvez pelo momento de retomada das políticas públicas e de valoração das artes, após anos pandêmicos e de desmonte institucionalizado pelo neoliberalismo e pelo estado. Percebemos que muitas obras trouxeram à tona a importância de nosso ofício e de nossas trajetórias enquanto artistas! No sentido de consagrar essa revelação neste contexto, nada nem ninguém melhor pra representar essa ode, do que Maurinho Máscaras - grande idealizador, fundador e realizador de todos os encontros e potências do FETEG, há mais de sete anos!
PRÊMIO ESPECIAL DA CEP
MARCOS NEPOMUCENO - Pela atuação contínua e consistente na formação artística Pedagógica de Jovens e Adultos.
ESPETÁCULO DESTAQUE DO FESTIVAL
INDICAÇÕES:
- Vênus em Fúria
- Jalamerá
- Charanga da Tramp
- O Lenhador
- A Rua, a Lama e a Santa
PREMIADO:
A RUA, A LAMA E A SANTA
FETEG – Urgente – Necessário
Peço
licença para distribuir, na escrita que segue, impressões sobre o FETEG 7º Ato
– Festival de Teatro de Guaranésia 2024. Em quase três décadas dedicando minha
vida ao teatro, muito em especial ao teatro popular, fonte de minha existência,
tomei a ríspida decisão de não participar de mostras competitivas. Fui me
abstendo, calçado por uma aura ranzinza, questionadora do sentido da competição
para o expurgo meramente egocêntrico. Participei de muitos festivais de teatro
nessa vida. Vi elencos inteiros se desfazendo em detrimento das mesmas
premiações de sempre. Melhor ator, melhor atriz, melhor isso, melhor aquilo...
Desculpem essa abertura (coisa de cinquentão chato). Mas, fui convencido pelo
elenco do nosso grupo a participar do FETEG 7º ato. Devo registrar que a pouco
tempo eu ministrava oficinas para eles, sim, fui professor do elenco. Eles
cresceram, hoje em dia, me fizeram aluno. Chegamos em Guaranésia e fomos
abordados por transeuntes perguntando se estávamos participando do festival de
teatro. A pergunta foi recorrente, desde o garçom do restaurante, até a
recepcionista do hotel em que fiquei hospedado. A comunidade se envolve com a
proposta do festival. Nossa primeira ação foi assistir a um espetáculo de
palhaços da Cia Tramp de Jundiaí, no meio da praça. No dia seguinte fui
participar da roda de conversa e ver a ponderação dos “jurados”. Ali, no inicio
das falas me armei para um debate enfadonho e cansativo. De um lado os jurados
e suas críticas e do outro o artista defendendo sua obra. Pois bem. Fui
desarmado. Nocauteado pela técnica posta nos comentários me entreguei ao afeto
íntegro e verdadeiro. Vi e vivi as colocações de cada um daquele coletivo que
se intitula Comissão Crítica Estética Pedagógica. Eles não gostam de serem
chamados jurados e repudiam a competição. Dali as obras e suas temáticas eram
incitadas às urgências discursivas dos trabalhos apresentados. O respeito veio
como valor inegociável. Puxa vida! As abordagens foram estruturadas pelo afeto
cuidadoso, sem ruído, direto e preciso. De alma aberta me vi reflexivo e atento
demais. Vivemos, a partir daí, cada segundo, ansiosos para o dia seguinte, na
expectativa de ouvir a CCEP. Sempre prontos com nosso olhar e desarmados pela
surpresa provocativa da comissão. Dessa forma, passamos, aprendemos, divagamos
nossas cenas em percepções ampliadas através de trocas. Vimos juntos o quanto a
sociedade precisa da gente (nós artistas) para sair da “Quinta geração de
medicamentos psiquiátricos”, que impõe uma “Camisa de força química”. E quem
sabe viver a plenitude existencial escorada numa “Egrégora de palhaços”.
Arrebatados
pelo sonho, vivido ali, fomos chamados a colocarmos os pés firmes no chão e
refletir sobre a realidade do “Sangue menstrual enquanto fator social de
convivência” interpelados pela seguinte questão: “E se fosse uma mulher
propondo a dramaturgia de “Medeia”? Colocando a arte como “Rompimentos de
modelos estruturantes” vibramos com o “Corpo como subterfúgio da poesia”
através da afirmativa de que “Ter uma mulher bailante no meio da praça é
deslumbrante” contrapondo o “Selo de prazo de validade” imposto pelo
patriarcado. “Mulheres maduras em cena” é um ato de resistência. Apesar do
“Momento duro e difícil. Politicamente danoso para nossa saúde mental”. Como se
o futuro repetisse o passado ficamos horrorizados ao perceber que ainda existe,
de forma subtendida, disfarçada, a condição do “Cérebro ser avaliado pelo fato
de ser de um homem negro” e que a nossa arte tem condições de escancarar e
fazer pensar sobre o racismo estrutural.
O peso
da responsabilidade cênica no exercício da atuação foi amparado, aliviado, pela
força coletiva na produção cultural. O alívio da máxima “Nós podemos tudo! Nós
podemos mais e“ Tudo que nois tem é nois” repetido exaustivamente como
grito/manifesto do produtor Maurinho Máscaras se fez valer em cada ação
complementada ali, na roda de conversa da CCEP. Como se fosse um presente da
presença desmantelando o cinza obscuro e depressivo onde “A vida na tristeza
não tem cor” apontando o caminho do que nos é desafiador enquanto artistas
tentando ser originais na concepção. “O original é o que estamos fazendo aqui e
agora”. O sim, vamos aprender juntos, nos mostrou o caminho da “A oposição como
pressuposto da dialética cênica” para uma “Vocorporiedade – voz e corpo
acontecendo em cena” na “Geração de intimidade e cumplicidade com o público” o
“Movimento de voz durante o espetáculo: Da plateia para o artista e não do
artista para a plateia”. A dispersão de várias linguagens teatrais em um só
lugar, numa roda de conversa, desafiando “O limite entre as linguagens e
fazendo perder o sentido limitador”. Contemporâneo latente no resgate da
“Ludicidade característica inerente ao humano”. “O teatro envelhece e carece de
uma dramaturgia atualizada” para um “Eixo de trabalho em favor da cosmovisão do
espetáculo” que faz aumentar e valer a “Relação cênica nos espaços a que se
propõe” e o acontecimento (teatro de rua por exemplo)”. Ver, perceber e atuar
como se “A plateia fosse agente ativo do espetáculo em um jogo de pergunta e
respostas em que a pergunta fica no ar para a plateia pensar e responder” “As vezes
um texto inteiro pode ser construído sem uma palavra e o Silêncio fala também”.
Na
minha inquietude frenética do fazer cultural me aquieto por aqui, rompendo
minha rispidez prática, me deixando levar pelo abraço fraterno e receptivo de
Maurinho Máscaras e de cada um que fez e faz parte da equipe do FETEG 7º Ato,
em especial a CCEP. Obrigado pelo aprendizado.
Paulinho
do boi - Carroça Teatral – Sete Lagoas, MG
Quintal
Boi da Manta, maio de 2024